domingo, 16 de janeiro de 2011

ERA UMA VEZ A PSICOLOGIA CIENTÍFICA... (18)

Neste antepenúltimo item do terceiro capítulo intitulado A Breve e Infeliz Existência do Positivismo Lógico [The Short, Unhappy Life of Logical Positivism] os autores denunciam que o Círculo de Viena se formou sob a égide do Nazismo e que o positivismo lógico sustentava-se no Liberalismo. Que o positivismo lógico nada mais era do que um esforço “rude” para rever a Filosofia e torná-la enaltecedora da Ciência Moderna.

Esclarecem que o modo equivocado com o qual, em nome de Wittgenstein, o Círculo de Viena ambicionou estabelecer as regras para fundamentar logicamente todas as áreas do conhecimento teria, ao contrário de seu propósito, aberto as portas para o enriquecimento crítico da Ciência e a emergência das teses da Pós-Modernidade.

Explicam que a Teoria da Verificação tornou-se o “Sol” em torno ao qual gravitaram inúmeras teses de adeptos do positivismo lógico em busca de defesa do “atomismo” da Ciência– o reducionismo levado às últimas consequências amparado nos princípios kantianos da analiticidade e sinteticidade e em uma versão de “experimentação” neokantiana. Para os lógico-positivistas a compreensão genuína de um silogismo não poderia se dá nem a partir das “definições” tampouco a partir da “verificação” simples. Para eles uma proposição só poderia ser considerada “falsa” ou “verdadeira” se algo fosse tomado como evidência empírica.

Informam que toda essa discussão durou dos anos trinta aos cinquenta do século XX e que teria sido Quine, em 1963, quem encerrou o bate-boca ao de(s)construir os fundamentos “científicos” do lógico-positivismo (também conhecido como lógico-empirismo) com o famigerado ensaio Os dogmas do Empirismo.

Concluem o item revelando que, para eles [os autores], Gödel e Quine são os grandes marcos do pensamento pós-moderno mas que, embora seus escritos tenham influenciado pensadores conhecidos como os primeiros pragmatistas norte-americanos (James, Pierce, Dewey, Mead e Lewis entre outros), coube a Wittgenstein definitivamente sepultar o “cadáver” da Filosofia sugerindo o filosofar sem Filosofia, isto é: a atividade contínua de jogar com as palavras.

A seguir anunciam o último ítem do terceiro capitulo que encerra a primeira parte do livro: O Ludwig Wittgenstein Maduro [The Late Ludwig Wittgenstein].




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