sábado, 15 de janeiro de 2011

ERA UMA VEZ A PSICOLOGIA CIENTÍFICA... (15)

Em Relatividade, Quanta e o Princípio da Incerteza [Relativity, Quanta, and The Uncertainty Principle], próximo item do terceiro capítulo do livro, os autores nos dizem que apesar dos esforços de “cientifização” da Psicologia e de “logicização” da matemática continuarem sendo levados adiante, a Física (a jóia da Ciência Moderna) vislumbrou muito além do é possível enxergar usando-se as lentes do paradigma modernista.

Explicam que vários estudos baseados em tecnologia de ponta reconheceram que a subjetividade humana impacta profundamente a suposta análise “objetiva” (neutra) dos fenômenos, particularmente as pesquisas no âmbito da física subatômica e da dinâmica astronômica. Resultados obtidos por estas investigações solicitam uma inadiável reconceptualização das bases ortodoxas do espaço e do tempo característicos da física newtoniana. Em outras palavras: chegam à conclusão de que sem ser considerado o papel da subjetividade do “observador” nem o movimento subatômico tampouco o astronômico podem ser genuinamente compreendidos.




Esclarecem que em socorro à reividicação de novos paradigmas para abordagens de problemáticas desafiadoras da Física, pesquisadores contemporâneos têm apresentado a necessidade de abordagens processuais para estudos rigorosos do movimento das micropartículas atômicas, por exemplo. Mas que ferrenhos defensores da Física ortodoxa alegam que o paradigma newtoniano não é fundamentalmente abalado pelas novas descobertas e que a revelação dos fascinantes e desconhecidos mundos a serem pesquisados só foi possível graças aos avanços tecnológicos extraordinários que resultaram na construção de superpotentes telescópios e microscópios a partir do modo newtoniano de pensar.

Fred & Lois argumentam que é apegando-se a este discurso conservador que o “Clero” modernista tenta desqualificar as narrativas contrárias à ortodoxia científica e tratam os pesquisadores pós-modernistas como “hereges”. Advertem-nos de que seu interesse no livro não é discutir se uma nova concepção dos modos de conhecer está emergindo na Física mas focalizar e discutir a emergência de uma epistemologia não paradigmática que estabeleça pontes entre diferentes visões de mundo.




A seguir, anunciam o item Lógica Relacional ou Funcional [Relational or Functional Logic] no qual abordarão a geometria não euclidiana e o impacto da teoria da função recursiva e do paradoxo da autorreferencialidade na cibernética e tecnologia computacional além de alguns problemas da funcionalização ou matematização da visão kantiana de cognição.

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