Carneirinho!.
Carneirão... ne’rão, ne’rão!
Olhai pro céu!
Olhai pro chão... pro chão, pro chão!
Salve o Rei Nosso Senhor!
Senhor, Senhor!
E a fogueira de São João ...
Existe um carneirinho que gosta de andar sozinho
Longe de outros do rebanho
Mas que sempre dá um jeito de pastar próximo a mim...
Ele rumina a grama concentrado, de cabeça baixa,
Evita olhar para mim
Parece querer que eu o veja a se alimentar
Carneirinho!.
Carneirão... ne’ão, ne’rão!
Olhai pro céu!
Olhai pro chão... pro chão, pro chão!
Salve o Rei Nosso Senhor!
Senhor, Senhor!
E a fogueira de São João ...
Rumina ali, ao meu alcance
Sempre atento para que eu não me aproxime demasiado
Permite-me apenas admirá-lo
Em silêncio esquiva-se a qualquer tentativa minha de aproximação
Parece temer que eu lhe faça mal ou o prive da liberdade
E assim vai chegando sempre, pouco a pouco, cada vez mais perto
Carneirinho!.
Carneirão... ne’ão, ne’rão!
Olhai pro céu!
Olhai pro chão... pro chão, pro chão!
Salve o Rei Nosso Senhor!
Senhor, Senhor!
E a fogueira de São João ...
Desejo afagar-lhe a lã macia
Abraçá-lo com ternura
Cobrí-lo de beijos e carinho
Sempre fingindo não me ver, recua
Como que intuindo o meu querer
Mas logo pára e abaixa a cabeça
Pega mais grama...
E segue saciado indiferente
Aguardo silenciado seu retorno
Cuidando do pasto
Desejo tê-lo por perto
outra vez
Até quando?
Carneirinho!.
Carneirão... ne’ão, ne’rão!
Olhai pro céu!
Olhai pro chão... pro chão, pro chão!
Salve o Rei Nosso Senhor!
Senhor, Senhor!
E a fogueira de São João ...
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