domingo, 13 de março de 2011

ERA UMA VEZ A PSICOLOGIA CIENTÍFICA 35

A terceira parte do livro intitulada A Prática do Método: Uma Nova Espistemologia para uma Psicologia Acientífica [The Practice of Method: A New Epistemology for na Unscientific Psychology] tem início com uma citação de Wittgenstein que questiona a pergunta que geralmente orienta as abordagens clínicas e que merece ser transcrita integralmente aqui:

“Qual é a sua doença? Você se pergunta seguidamente – Como alguém pode lhe deter de fazer isto? Dirigindo sua atenção para qualquer outra coisa.” [What is your disease? You ask this question again and again. – How can one make you stop doing this? By drawing your attention to something else.]

Valendo-se de sua longa experiência na busca de um método-prática pós-modernista os autores defendem que compreender o aprendizado antecedendo o desenvolvimento em sentido temporal (teleológico ou modernista) é indadequado para o genuíno entendimento do processo dialético que entrelaça aprendizado e desenvolvimento em uma unidade de ação conforme originalmente proposto por Vigotskii. Para eles, qualquer tentativa de sistematizar os resultados obtidos com uma pesquisa-ação de natureza pós-modernista está fadado ao fracasso.

Esclarecem que ao afirmar isso não estão se propondo a prescrever procedimentos “adequados” para a pesquisa numa perspectiva pós-modernista mas apenas alertando para o fato de qualquer esforço em conceber o aprendizado desenvolvimental que desconsidere a relevância da contextualização atualizada do “Outro” na atividade teórico-prática signitiva tem pouca chance de obter êxito; que nenhum método mas uma contínua busca da prática do método é o que se deve ter em mente num empreedimento de pesquisa pós-modernista.

Propõem-se a compartilhar as descobertas que a contextualização de seus empreedimentos investigatórios antilaboratoriais “ativistas relacionais” lhes proporcionaram ao longo de décadas ( e às vezes em preciosos segundos) ao buscarem uma prática clínica performáticocultural indissociada de seus fundamentos teóricos: o enredamento dos pensamentos de Vigotskii e Witgenstein.

Seguem apresentando o oitavo capítulo intitulado A Comunalidade Não Interpretativa e Sua Prática Clínica [The Noninterpretive Community and its Clinical Practice]

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