A amarga lição que a competitividade nos obriga a aprender é o fracasso de todas as tentativas de concretizar a solidariedade.
A naturalização da agressividade exigida pela monetarização de todas as esferas da vida social na contemporaneidade subjuga nossas preferências estéticas, hábitos cotidianos, práticas sexuais, crenças e moralidades recrudescendo variadas convicções, colaboradas culturalmente, tornando-as verdades absolutas.
Com este estado de coisas evidencia-se um processo de desempoderamento da convivência pacífica em cada desimportante aspecto das nossas ações - todas convertidas em relações comerciais cujo objetivo é o "lucro" pessoal a baixo "custo".
Deste processo não escapa o Natal - há muito convertido em apoteose do consumo voraz sob o pretexto de "troca" de favores ou presentes.
Mas, assim como dados lançados sobre um tabuleiro não poderão abolir o acaso jamais, brechas por entre as cortinas de luzes piscantes que efeitam o Natal não poderão evitar uma eventual descoberta do que existe por trás do encantamento provocado pela incandescência da decoração natalina - que veste as cidades, as praças de comércio, as vitrines das lojas.
A revelação do que se esconde por trás do fascínio dos brilhos em excesso não se compra nem se vende nem se pode estimar valor finaceiro.
Neste deslocamento do olhar para além das cortinas, renasce a possibilidade da paz entre as pessoas e da colaboração de um mundo melhor para todos - cristãos ou não cristãos.
Que a esperança no renascer eterno da genuína solidariedade entre as pessoas seja conosco hoje e sempre pelos séculos e séculos. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário